Quando uma pessoa se sente doente, o que você acha que ela faz? Um estudo epidemiológico publicado no Brasil buscou a resposta para essa pergunta, revelando que a maioria da população (60%) não faz nada – apenas espera que os sintomas passem. Cerca de 30% se automedica e apenas 8% procura auxílio médico. Esses dados são preocupantes, pois mostram que a automedicação ganha da prescrição médica como conduta terapêutica mais comum no país.
Isso significa que os brasileiros costumam procurar a farmácia para tratar seus sintomas e, em quase 70% das vezes, de acordo com estudo do IBOPE, procuram orientação do farmacêutico quando compram medicamentos sem prescrição.
Para que esse paciente tenha um autocuidado com consciência e segurança, o farmacêutico se faz indispensável, já que, em algumas situações, ele pode avaliar as opções terapêuticas mais adequadas e eficazes diante da avaliação do quadro clínico. Também cabe ao farmacêutico, quando necessário, orientar e informar o paciente quanto à posologia, mecanismos de ação, reações adversas, contraindicações e interações medicamentosas.
No entanto, diante de casos mais complexos ou solicitações de medicamentos que pedem obrigatoriedade de prescrição médica, o papel do farmacêutico é orientar o paciente à consultar o especialista para que o tratamento seja feito de forma mais segura e assertiva. Assim, esse profissional também é chave fundamental para combater a automedicação, que é causa de sérias complicações de saúde no Brasil.
A prática no dia a dia
A prescrição farmacêutica é o ato pelo qual o farmacêutico seleciona terapias farmacológicas e não farmacológicas, além de outras intervenções que visem à recuperação e manutenção da saúde do paciente, bem como a prevenção de doenças. Ela é uma das maiores revoluções da profissão nos últimos anos e vem se convertendo em realidade dia após dia, com milhares de profissionais que estão aderindo à prática em farmácias convencionais e de manipulação
O farmacêutico é habilitado para realizar a prescrição de medicamentos e produtos com finalidade terapêutica cuja dispensação não exija prescrição médica, incluindo medicamentos industrializados e formulações magistrais (alopáticos ou dinamizados), plantas medicinais, drogas vegetais e outras categorias de medicamentos que sejam aprovadas pela Anvisa para prescrição farmacêutica.