Outubro Rosa: prevenção que salva vidas
O mês de prevenção do câncer de mama começou, com a principal missão de levar informação a mulheres de todo o país sobre a importância dos exames periódicos para a detecção precoce da doença. No entanto, o cenário da pandemia agravou uma tendência que já vinha sendo observada nos últimos anos: os diagnósticos estão diminuindo progressivamente. Isso não significa, no entanto, que a doença está menos incidente, mas que as mulheres estão procurando menos o ginecologista para fazer os exames preventivos.
Dados mostram que o medo de contrair Covid-19 pode estar impactando os diagnósticos: de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), o estado de Minas Gerais, por exemplo, diagnosticou apenas 1.324 casos de janeiro a julho de 2020, diante de 5.455 confirmações feitas no mesmo período de 2019. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), outros fatores que impedem o diagnóstico é a má distribuição de máquinas para a realização do exame, além da longa espera por atendimento na rede pública.
Ainda assim, a recomendação é manter os exames preventivos – mesmo durante a quarentena – já que o câncer de mama pode apresentar ótimo prognóstico quando detectado em estágio inicial. No Brasil, a doença é o tipo de câncer com a maior mortalidade entre mulheres, sendo o mais incidente no público feminino, com exceção dos tumores de pele não melanoma, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
A prevenção começa com o autoexame, mas ele não substitui a mamografia. O exame pode ser indicado a partir dos 40 anos, dependendo da conduta médica e do histórico familiar. Normalmente, o rastreamento é feito na faixa etária dos 50 aos 69 anos, com repetições a cada dois anos, caso não haja nenhuma alteração nos resultados.
Sinais de alerta
O INCA elenca dez sinais que devem ser observados na mama, inclusive em homens, nos quais a incidência é baixa, mas existe. Na presença de qualquer um dos sintomas, recomenda-se a procura de um médico para confirmação diagnóstica:
- Qualquer nódulo mamário em mulheres com mais de 50 anos.
- Nódulo mamário em mulheres com mais de 30 anos, que persistam por mais de um ciclo menstrual.
- Nódulo mamário de consistência endurecida e fixo ou que vem aumentando de tamanho, em mulheres adultas de qualquer idade.
- Presença de secreção sanguinolenta pelo mamilo.
- Lesão da pele que não responde a tratamentos tópicos.
- Homens com mais de 50 anos com tumoração palpável unilateral.
- Aumento de linfonodos na região axilar.
- Aumento progressivo do tamanho da mama com a presença de sinais de edema, como pele com aspecto de casca de laranja.
- Retração na pele da mama.
- Mudança no formato do mamilo.
Para mais informações sobre o câncer de mama e como preveni-lo, acesse o site da Femama (www.femama.org.br) ou do INCA (www.inca.gov.br).
Os exames preventivos salvam vidas, fique em dia com o seu!