Estresse e ansiedade: até que ponto são normais?
Segundo a OMS, os brasileiros estão em primeiro lugar no ranking dos mais ansiosos do mundo. E se isso já era uma realidade muito antes da pandemia, agora, o cenário da saúde mental preocupa ainda mais os especialistas. Uma pesquisa feita pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 2020, com mais de 1.400 pessoas, mostrou que os níveis de estresse e ansiedade tiveram um aumento de até 80% nesse período, sendo as mulheres as mais afetadas.
A ansiedade está diretamente relacionada ao estresse, já que a pessoa estressada costuma se sentir ansiosa na maior parte do tempo. Mas é preciso entender que a ansiedade não é uma doença, e sim um sentimento natural da vida, que pode, inclusive, ser benéfico quando sua intensidade é de leve a moderada. Na prática, o “nível ótimo” de ansiedade é até capaz de melhorar a produtividade, mas, quando o limite saudável é ultrapassado, o rendimento cai, a ansiedade assume caráter destrutivo e pode levar ao estresse crônico.
O processo de estresse também é normal em alguns momentos, principalmente quando acontecimentos específicos despertam os instintos naturais de defesa: é quando acontece o frio na barriga, a sudorese, a respiração curta e o coração acelerado. No entanto, quando esse processo ocorre com muita frequência e o indivíduo percebe que passa mais tempo ansioso do que em seu estado normal, pode ter início a fase de resistência do estresse, que acontece quando os níveis de cortisol permanecem constantemente altos, interferindo em diversos processos do organismo e prejudicando a saúde.
Devido à ansiedade constante por tempo prolongado, o corpo pode entrar em fase de exaustão, apresentando diversos sinais associados ao estresse crônico: imunidade baixa, intestino desequilibrado, alergias recorrentes, problemas estomacais e até mesmo hipertensão e desordens metabólicas, como o diabetes tipo 2, além de quadros depressivos. Esses desdobramentos são indícios de que o estresse e a ansiedade chegaram ao limite máximo, mas é possível notar que algo não vai bem antes mesmo que as doenças se instalem, observando a frequência da sensação de estresse e ansiedade.
Para combater o quadro, o primeiro passo é tornar-se consciente do problema e se propor a fazer mudanças positivas na rotina. Contar com a ajuda de um profissional da saúde também é essencial em alguns casos, já que só o olhar atento do especialista pode determinar quais intervenções são necessárias para reverter o estresse crônico. Atualmente, existem muitas opções modernas de tratamento, que podem ser associadas de acordo com cada necessidade. O Phenibut, por exemplo, é um ativo altamente eficaz, que pode ser prescrito pelo médico para o alívio do estresse e ansiedade. Para potencializar os resultados, também pode ser indicada a psicoterapia e mudanças no estilo de vida, como uma rotina de exercícios físicos, alimentação saudável, equilíbrio do sono e mais momentos de lazer no dia a dia.